Átlas Digital das Águas de Minas - Uma ferramenta para o planejamento e gestão dos recursos hídricosÁtlas Digital das Águas de Minas - Uma ferramenta para o planejamento e gestão dos recursos hídricos

HIDROTEC - Uma ferramenta para o planejamento e gestão dos recursos hídricos no Estado de Minas Gerais

Comentários

1 - Lista de símbolos:

A = área da bacia de drenagem, Km2;
L = comprimento do maior curso d'água, Km;
Dd = densidade de drenagem, Km/Km2;
Dc = declividade média do curso d'água principal, m/Km;
Pma = precipitação pluvial média anual, mm/ano;
R2 = coeficiente de correlação do modelo;
R2a = coeficiente de correlação do modelo ajustado;
Ep = erro padrão fatorial;
Cv = coeficiente de variação;
F (%) = significância do modelo pelo teste F.

2 - Características físiográficas e climáticas das sub-bacias

As características físiográficas e climáticas de uma bacia são elementos de grande importância em seu comportamento hidrológico e podem apresentar pesos diferentes na regressão, de acordo com a região em estudo.

- As características físiográficas: área de drenagem, densidade de drenagem, comprimento e declividade do maior curso d'água, para aplicação nos modelos gerados neste estudo, devem ser determinadas em cartas geográficas na escala de 1:250.000 (escala utilizada nos estudos hidrológicos, no âmbito do programa HIDROTEC).

- As precipitações pluviais médias sobre as sub-bacias devem ser determinadas em mapas de precipitações pluviais gerados pelo programa HIDROTEC.

2.1 - Área de drenagem da bacia/sub-bacia

O valor da área de drenagem pode ser obtida no Inventário das Estações Fluviométricas publicado pela ANA - Agência Nacional de Águas. Na ausência deste dado ou quando seu valor apresenta dúvidas torna-se necessário determiná-lo por meio de um planímetro ou por técnicas de geoprocessamento.

2.2 - Comprimento do maior curso de água

A estimativa do comprimento do maior curso de água que drena uma bacia hidrográfica, pode ser determinada por meio de um curvímetro ou através de técnicas de geoprocessamento.

Declividade média do maior curso d'água - "Método S1085"

A declividade S1085 é obtida a partir da altitude a 10% e 85% do comprimento do curso d'água principal. A avaliação das altitudes nestes dois pontos marcados nas cartas topográficas é realizada por interpolação a partir das curvas de nível disponíveis. Avaliadas estas duas altitudes, a diferença dividida por 75% do comprimento do curso d'água principal constitui a declividade S1085.

2.4 - Densidade de drenagem

A densidade de drenagem fornece uma indicação da eficiência da drenagem da bacia. Este índice é expresso pela relação entre o comprimento total dos cursos d'água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes) de uma bacia e a sua área total. Representando o comprimento total dos cursos d'água na bacia por L(km) e a área de drenagem da bacia por A (km2), a densidade de drenagem Dd (km/km2) é obtida por:

Dd = L / A (1)

Considerações finais sobre as características fisiográficas das sub-bacias

O advento da tecnologia dos sistemas de informações geográficas (SIG) vem possibilitando a obtenção rápida e acurada de parâmetros fisiográficos mais complexos, como a declividade, comprimento do curso de água principal, densidade de drenagem e outros. Dados digitais de altimetria (folhas topográficas digitais) estão disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no formato vetorial microstation (*.dgn).

Estudos recentes sinalizam no sentido de utilizar dados digitais de altimetria (MDE), com resolução de 90 metros, importados da base de dados do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), e disponibilizado gratuitamente, pela NASA (National Aeronautics and Space Administration). Estes dados estão disponibilizados com o datum horizontal WGS84 e resolução de 30 metros (1 arco segundo) para os Estados Unidos e 90 metros (3 arco segundo), para o resto do mundo, denominados como SRTM1 e SRTM3, respectivamente.

Vale destacar que independentemente do processo utilizado na obtenção das características fisiográficas, em estudos de predição de vazão, deve-se utilizar, sempre que possível, a mesma escala adotada nos estudos hidrológicos que geraram os modelos de regressão.