Analisar as relações existentes entre as vazões mínimas e as médias e, também, as relações e os desvios existentes entre as vazões mínimas, nas séries temporais das estações localizadas na região hidrográfica do rio Paranaíba em Minas Gerais.
Foram utilizados os dados hidrológicos de 24 estações (sub-bacias) localizadas na região hidrográfica do rio Paranaíba em Minas Gerais abrangendo o período de série histórica de 1950 a 2009. Os valores das vazões médias diárias anuais (Qmlp) foram calculados usando dados das séries históricas de cada estação fluviométrica. Já os valores das vazões caracterizadas pela freqüência (vazão mínima de sete dias de duração e período de retorno de 10 anos (Q7,10) e vazão de 95 % da curva de permanência (Q95), foram obtidos com base em estatística hidrológica com apoio do aplicativo de regionalização hidrológica, RH versão 4.0.
Na Figura 1, encontram-se as localizações geográficas das 24 sub-bacias estudadas na região hidrologicamente homogênea identificada, para as vazões médias e mínimas, na região hidrográfica do rio Paranaíba em Minas Gerais.
As Figuras 2 e 3 ilustram graficamente (arquivo de saída do RH4.0), o ajuste da distribuição de probabilidades log-normal a três parâmetros aos dados das vazões mínimas do rio Paranaíba na estação de Patos de Minas e a curva de permanência das vazões diárias do rio Tijuco, na estação de Ituiutaba, respectivamente.
Os índices de vazões mínimas foram estimados empregando-se as equações:
a) | r7,10 = Q7,10 /Qmlp (relação entre vazão mínima 7 dias de duração e período de retorno de 10 anos e a vazão média) |
b) |
rcp95 = Q95 /Qmlp (relação entre a vazão de 95% da curva de permanência e a vazão média) |
c) |
rm = Q7,10 /Q95 (relação entre a vazão Q7,10 e a vazão Q95) |
d) |
Desvios entre Q7,10 e Q95 (desvios entre os valores das vazões mínimas) |
Figura 1 - Localização das sub-bacias estudadas na região hidrologicamente homogênea identificada para as vazões médias e mínimas, na região hidrográfica do rio Paranaíba, em Minas Gerais |
Figura 2 - Ajuste da distribuição log-normal III às vazões mínimas do rio Paranaíba em Patos de Minas |
Figura 3 - Curva de permanência das vazões diárias do rio Tijuco em Ituitaba |
Na Tabela 1 estão apresentadas as sub-bacias estudas, a área de drenagem, os valores da vazão média e das vazões mínimas, as relações percentuais e o desvio entre as vazões na região hidrográfica do rio Paranaíba, em Minas Gerais. Já as Figuras 4 a 7 mostram graficamente as relações percentuais e o desvio entre as vazões. Os índices das vazões mínimas estudadas apresentaram as variações:
a) |
r7,10 : a vazão Q7,10 varia em torno de 4%
a 30% da vazão média e apresentam maiores concentrações nas áreas
de drenagem até 5.000 km2
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b) |
rcp95 : a vazão Q95 varia em torno de 14%
a 41% da vazão média e apresentam maiores concentrações nas áreas
de drenagem até 5.000 km2
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c) |
rm : a vazão Q7,10 varia em torno
de 30% a 92% da vazão Q95 no intervalo de área
de drenagem até 15.000 km2
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d) |
Desvios entre Q7,10 e Q95
: os valores das vazões estão próximos para pequenas bacias de drenagem
e a vazão Q95 apresenta valores superiores à vazão Q7,10
com o aumento dos valores das áreas das sub-bacias. Vale ressaltar que
a vazão mínima Q95 caracteriza uma situação de permanência,
enquanto a vazão Q7,10 indica uma situação de estado mínimo
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Tabela 1- Sub-bacias do rio Paranaíba,
áreas de drenagem, vazões médias e mínimas
e relações percentuais entre as vazões estudadas
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Nota: Desvio (%) = [1- (Q7,10 / Q95 )] .100 |
Figura 4 - Gráficos da relação entre Q7,10 / Qmlp |
Figura 5 - Gráficos da relação entre Q95 / Qmlp |
Figura 6 - Gráficos da relação entre Q7,10 / Q95 |
Figura 7 - Gráficos dos desvios Q7,10 e Q95 |
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Fonte: EUCLYDES et al. (2010b2)