A = área da bacia de drenagem, Km2;
L = comprimento do maior curso d'água, Km;
Dd = densidade de drenagem, Km/Km2;
Dc = declividade média do curso d'água principal, m/Km;
Pma = precipitação pluvial média anual, mm/ano;
R2 = coeficiente de correlação do modelo;
R2a = coeficiente de correlação do modelo ajustado;
Ep = erro padrão fatorial;
Cv = coeficiente de variação;
F (%) = significância do modelo pelo teste F.
As características físiográficas e climáticas de uma bacia são elementos de grande importância em seu comportamento hidrológico e podem apresentar pesos diferentes na regressão, de acordo com a região em estudo.
- As características físiográficas: área de drenagem, densidade de drenagem, comprimento e declividade do maior curso d'água, para aplicação nos modelos gerados neste estudo, devem ser determinadas em cartas geográficas na escala de 1:250.000 (escala utilizada nos estudos hidrológicos, no âmbito do programa HIDROTEC).
- As precipitações pluviais médias sobre as sub-bacias devem ser determinadas em mapas de precipitações pluviais gerados pelo programa HIDROTEC.
O valor da área de drenagem pode ser obtida no Inventário das Estações Fluviométricas publicado pela ANA - Agência Nacional de Águas. Na ausência deste dado ou quando seu valor apresenta dúvidas torna-se necessário determiná-lo por meio de um planímetro ou por técnicas de geoprocessamento.
A estimativa do comprimento do maior curso de água que drena uma bacia hidrográfica, pode ser determinada por meio de um curvímetro ou através de técnicas de geoprocessamento.
A declividade S1085 é obtida a partir da altitude a 10% e 85% do comprimento do curso d’água principal. A avaliação das altitudes nestes dois pontos marcados nas cartas topográficas é realizada por interpolação a partir das curvas de nível disponíveis. Avaliadas estas duas altitudes, a diferença dividida por 75% do comprimento do curso d’água principal constitui a declividade S1085.
A densidade de drenagem fornece uma indicação da eficiência da drenagem da bacia. Este índice é expresso pela relação entre o comprimento total dos cursos d'água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes) de uma bacia e a sua área total. Representando o comprimento total dos cursos d’água na bacia por L(km) e a área de drenagem da bacia por A (km2), a densidade de drenagem Dd (km/km2) é obtida por:
Dd = L / A (1)
A metodologia resultou de uma análise realizada em sub-bacias hidrográficas cujas áreas de contribuição variaram de 1.391 a 23.815 km2, na região I, de 1.073 a 16.230 km2 na região II, e 1.283 a 67.769 km2 na região III para as vazões estudadas. Certa cautela é aconselhável no caso de estimativas para sub-bacias fora destes intervalos.
a) Curso d'água principal intercepta "+" de uma RHH:
Procedimento: Aplicar os modelos de vazões recomendados de forma a considerar à montante da seção fluvial de interesse (Si) as vazões geradas nas respectivas RHHs identificadas. A Figura 1, ilustra esse procedimento;
b) Demais cursos d'água (ou afluentes):
Procedimento: Aplicar os modelos de vazões recomendados
para cada RHH da bacia.
O advento da tecnologia dos sistemas de informações geográficas (SIG) vem possibilitando a obtenção rápida e acurada de parâmetros fisiográficos mais complexos, como a declividade, comprimento do curso de água principal, densidade de drenagem e outros. Dados digitais de altimetria (folhas topográficas digitais) estão disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no formato vetorial microstation (*.dgn).
Estudos recentes sinalizam no sentido de utilizar dados digitais de altimetria (MDE), com resolução de 90 metros, importados da base de dados do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), e disponibilizado gratuitamente, pela NASA (National Aeronautics and Space Administration). Estes dados estão disponibilizados com o datum horizontal WGS84 e resolução de 30 metros (1 arco segundo) para os Estados Unidos e 90 metros (3 arco segundo), para o resto do mundo, denominados como SRTM1 e SRTM3, respectivamente.
Vale destacar que independentemente do processo utilizado na obtenção das características fisiográficas, em estudos de predição de vazão, deve-se utilizar, sempre que possível, a mesma escala adotada nos estudos hidrológicos que geraram os modelos de regressão.