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Consulta Informativa

- Comportamento da vazão máxima com a área de drenagem na bacia do rio Doce

Na Figura 1, referentes às 60 estações (sub-bacias) localizadas na bacia do rio Doce, apresentam-se o comportamento das vazões específicas máximas diárias anuais com as áreas de drenagem (fenômeno não linear), onde observa-se valores decrescentes da vazão específica máxima diária anual com o aumento da área de drenagem das sub-bacias. Dentre algumas das razões que provocaram esta tendência citam-se:

a) nas cabeceiras, em geral, concentram-se as maiores precipitações e as maiores declividades dos cursos d'água
b)
à medida que o comprimento do curso d'água aumenta, maior é o amortecimento do escoamento devido aos efeitos do armazenamento e maior atrito com o leito
c)
o efeito do armazenamento é marcante para os cursos d'água nos quais ocorre extravasamento e, em geral, a redução da vazão específica varia com o aumento da área de drenagem da bacia

Comentário:

Por apresentar mais de uma variável independente, além da área de drenagem nos ajustamentos dos modelos de regressões das vazões específicas, nas regiões I, II e III, a variação da vazão específica média máxima com a área de drenagem das sub-bacias desta regiões, não estão apresentadas na Figura 1.

Figura 1 - Comportamento das vazões específicas máximas diárias anuais com as  áreas de drenagem das sub-bacias
Figura 1 - Comportamento das vazões específicas máximas diárias anuais com as áreas de drenagem das sub-bacias

Comentário sobre transferência espacial de vazões através da vazão específica

É importante ressaltar que o comportamento da vazão máxima com a área de drenagem observado na bacia do rio Doce, com exceção da bacia do rio Jequitinhonha, predominou nos demais estudos hidrológicos desenvolvidos nas regiões hidrográficas mineiras, incluindo aí, a área baiana que compreende as bacias do leste, e a área capixaba das bacias dos rios Doce, São Mateus, Barra Seca e Itaúnas.

Vale, também, destacar que na bacia do rio Doce, as vazões médias e mínimas apresentaram, de um modo geral, comportamento similar, porém, com inclinações menos acentuadas na curva da vazão específica, quando comparadas com as vazões máximas.

Assim sendo, recomenda-se cautela na transferência espacial de vazões na bacia do rio Doce com base na vazão específica, principalmente, para sub-bacias com área menor que 12.000 km2. É oportuno salientar que nesse intervalo estão inseridas importantes sub-bacias do Doce, quais sejam: nascentes do rio Piranga/Doce até à confluência com o rio Casca, rio Suaçuí Grande, rio Santo Antônio, rio Manhuaçú e rio Piracicaba.



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Fonte: EUCLYDES et al. (2010m4)