Analisar as relações existentes entre as vazões mínimas e as médias e, também, as relações e os desvios existentes entre as vazões mínimas, nas séries temporais das estações localizadas na região hidrográfica do Alto São Francisco, em Minas Gerais.
Foram utilizados os dados hidrológicos de 29 estações (sub-bacias) localizadas na região hidrográfica do Alto São Francisco, em Minas Gerais abrangendo o período de série histórica de 1970 a 2009/2010. Os valores das vazões médias diárias anuais (Qmlp) foram calculados usando dados das séries históricas de cada estação fluviométrica. Já os valores das vazões caracterizadas pela freqüência (vazão mínima de sete dias de duração e período de retorno de 10 anos (Q7,10) e vazão de 95 % da curva de permanência (Q95), foram obtidos com base em estatística hidrológica com apoio do aplicativo de regionalização hidrológica, RH versão 4.0.
Na Figura 1, encontram-se as localizações geográficas das 29 sub-bacias estudadas nas três regiões hidrologicamente homogêneas identificadas, para as vazões médias e mínimas, na região hidrográfica do Alto São Francisco, em Minas Gerais.
As Figuras 2 e 3 ilustram graficamente (arquivo de saída do RH4.0), o ajuste da distribuição de probabilidades log-normal a três parâmetros aos dados das vazões mínimas do rio Paraopeba na estação de Belo Vale e a curva de permanência das vazões diárias do rio Pará, na estação Velho da Taipa, respectivamente.
Os índices de vazões mínimas foram estimados empregando-se as equações:
a) | r7,10 = Q7,10 /Qmlp (relação entre vazão mínima 7 dias de duração e período de retorno de 10 anos e a vazão média) |
b) |
rcp95 = Q95 /Qmlp (relação entre a vazão de 95% da curva de permanência e a vazão média) |
c) |
rm = Q7,10 /Q95 (relação entre a vazão Q7,10 e a vazão Q95) |
d) |
Desvios entre Q7,10 e Q95 (desvios entre os valores das vazões mínimas) |
Figura 1 - Localização das sub-bacias estudadas nas regiões hidrologicamente homogêneas identificadas para as vazões médias e mínimas,na região do Alto São Francisco, em Minas Gerais |
Figura 2 - Ajuste da distribuição log-normal III às vazões mínimas do rio Paraopeba em Belo Vale |
Figura 3 - Curva de permanência das vazões diárias do rio Pará em Velho da Taipa |
Na Tabela 1 estão apresentadas as sub-bacias estudadas, a área de drenagem, os valores das vazões médias e mínimas, as relações percentuais e o desvio entre as vazões na região hidrográfica do Alto São Francisco, em Minas Gerais. Já as Figuras 4 a 7 mostram graficamente as relações percentuais e o desvio entre as vazões. Os índices das vazões mínimas estudadas apresentaram as variações:
a) |
r7,10 : a vazão Q7,10 varia
em torno de 4% a 33% da vazão média
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b)
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rcp95 : a vazão Q95 varia
em torno de 7% a 37% da vazão média
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c)
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rm : a vazão Q7,10 varia em torno
de 46% a 112,0% da vazão Q95
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d)
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Desvios entre Q7,10 e Q95
: os valores das vazões estão próximos para pequenas bacias de drenagem
e a vazão Q95 apresenta valores superiores à vazão Q7,10
com o aumento dos valores das áreas das sub-bacias. Vale ressaltar que
a vazão mínima Q95 caracteriza uma situação de permanência,
enquanto a vazão Q7,10 indica uma situação de estado mínimo
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Tabela 1 - Sub-bacias do Alto São Francisco, áreas de drenagem, vazões médias e mínimas e os percentuais entre as relações das vazões estudadas |
Nota: 1) Desvio (%) = [1- (Q7,10 / Q95 )] .100 |
Figura 4 - Gráficos da relação entre Q7,10
/ Qmlp
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Figura 5 - Gráficos da relação entre (Q95
/ Qmlp)
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Figura 6 - Gráficos da relação entre (Q7,10
/ Q95)
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Figura 7- Gráficos da relação entre (Q7,10
/ Q95)
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